Hoje em dia vivemos em um mundo muito veloz e repleto de momentos estressantes, e essas situações de desconforto acabam por pressionar certas pessoas em níveis intensos.
O ataque de pânico é parte do cotidiano de algumas pessoas e se trata da aparição de um momento de ansiedade extrema em que o corpo reage com uma grande dejeção de hormônios que o atinge. É comumente apresentado como uma forte sensação de medo e aflição.
Geralmente, os casos de ataques acontecem em meio a momentos estressantes, entretanto podem ocorrer no trabalho, em casa, em meio ao sono e em qualquer outro ambiente frequentado pela rotina.
Muitas pessoas confundem o ataque de pânico com situações de desespero ou indecisão intensa em decisões simples, como a seleção de cores de aparelho, e até mesmo como um dos sintomas da crise de pânico, o que não possui relação. Saiba mais:
Ataque de pânico e síndrome do pânico
O contraste entre essas duas incidências se baseia no fato de que o ataque de pânico se remeter a um evento isolado, e a síndrome do pânico se tratar da ocorrência de ataques em sequência e do medo constante da próxima incidência, sendo necessário restrições a idas a certos lugares, aqueles em que algum ataque ocorreu.
Alguns dos sintomas da síndrome do pânico são: sensação de irrealidade, visão turva, respiração complicada, suor frio, boca seca, pensamentos negativos e medo iminente da morte. Já o do ataque de pânico compreende sintomas como: sensação de engasgo, agitação ou arrepios, falta de ar ou sensação de asfixia, tremores ou espasmos e instabilidade postural, vertigens ou desmaios.
O ataque de pânico e suas consequências
O desinteresse quanto a prática de determinadas atividades é frequente na vida de quem já sofreu e geralmente sofre com ataques de pânico, uma vez que ações que influenciaram o ataque geram receio, assim como ocorre quanto aos ambientes.
Esse ciclo compõe o transtorno do pânico. É frequente que a pessoa escolha parar de dirigir ou se afastar do trabalho e da área profissional escolhida.
Assim sendo, os ataques de pânico fazem com que a pessoa viva uma vida cheia de restrições e a prenda apenas nas situações que comumente a gera conforto. Viagens, por exemplo, são situações evitadas, uma vez que conhecer lugares e pessoas desconhecidas pode trazer certa agitação.
Com isso, há uma dificuldade quanto a socialização, fazendo com que fazer e manter laços e relacionamentos seja ainda mais difícil, além de que seja ainda mais complicado se desenvolver pessoal e profissionalmente.
Fatores propícios e a duração do ataque de pânico
Dados registram que os ataques de pânico atingem jovens a partir dos 15 anos, afetando principalmente adultos de 25 a 40 anos de idade. As crianças também são atingidas, porém são menores os relatos; e em sua maioria estão relacionados a episódios de cobrança e violência, além da influência de medicamentos. Ademais, as mulheres são as que mais sofrem de ataque de pânico.
A crise pode durar apenas uns minutos para algumas pessoas e outras algumas horas. A duração geralmente possui um intervalo de 10 a 30 minutos. Entretanto, mesmo após os sintomas cessarem ainda é possível ter sensações incomodas.
Formas de tratamento
É importante tentar ao máximo controlar a respiração e distrair a mente dos pensamentos negativos que influenciam o ataque de pânico.
Diálogos, músicas, ambientes e a abordagem de técnicas de relaxamento são importantes no momento e como práticas cotidianas. Meditação, yoga, pilates e massagens podem ajudar a tratar e prevenir esses momentos, além de que frequentar ambientes mais arejados, tranquilos e sem muita aglomeração pode ser uma medida de precaução.
É importante que a fonte original do medo seja descoberta, fazendo com que as práticas cotidianas sejam mais eficazes em evitar momentos e ansiedades advindas desse medo.
Para isso, o acompanhamento psicológico é essencial para canalizar e avaliar a origem dos ataques, e se indicado, o uso de medicamentos antidepressivos. Por meio do tratamento devido, a situação será mantida em controle e ele obterá sucesso.
Dependendo da gravidade o tratamento pode ser feito através da junção das duas medidas: Psicoterapia e o uso de medicamentos. A psicoterapia aborda o TCC (terapia cognitivo-comportamental) que envolve a educação do paciente quanto ao seu estado e sobre a sua crise, após detectar a sua real motivação.
A medicação por sua vez só será necessária por meio da receita do profissional e além dos antidepressivos, benzodiazepinas e inibidores de recaptação de serotonina podem ser recomendados.